quarta-feira, 7 de abril de 2010

Temos muito trabalho pela frente...


Convivendo com a inversão total de valores em comportamentos errados passam a ser considerados normais ou até desejáveis, constatamos que a atuação efetiva do Setor Pré-Matrimonial se torna cada vez mais primordial para irmos aos poucos revertendo a situação de caos, plantando boas sementes para a formação de famílias melhores. Vejamos dois exemplos concretos que merecem nossa atenção.

Primeiramente nos preocupam dados de recente pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz) divulgada na mídia (fonte: Jornal o Estado de São Paulo) que revela que 87% das adolescentes entre 15 e 19 anos de todo o País já vivenciaram formas de violência no namoro ou no "ficar". Mesmo nos relacionamentos mais efêmeros aconteceram beliscões, empurrões, tapas, xingamentos, ofensas ou humilhação pela internet. Os dados, que alarmaram até mesmo os pesquisadores, estão sendo interpretados e devem virar um livro.

E mais: as garotas estão agredindo quase que na mesma proporção do que os meninos. Os índices de agressão equiparados entre garotas e garotos podem ser explicados por outros estudos que já identificaram aumento no comportamento destrutivo por parte das garotas Drogas e álcool - que há mais tempo frequentam a vida deles - são combustíveis de agressividade, afirmam os especialistas. "A igualdade delas no consumo de substâncias psicoativas aumentou o envolvimento em atos mais violentos", afirma a médica Vilma Gawryszewski, que coordenou o Núcleo de Combate à Violência de São Paulo. "A droga atrapalha o autocontrole, tudo é exacerbado, incita a violência. Isso é mundial.". Independentemente do problema das drogas, porém, a violência está se alastrando o que revela um cenário surpreendente.

Essa outra reportagem do telejornal da TV Gazeta ilustra bem a como a questão da violênia vem atingindo precocemente a adolescência: http://www.youtube.com/watch?v=lnA6ObPj5qI

E uma outra questão também bastante debatida recentemente é o uso das chamadas “pulseiras do sexo”. Trazidas dos Estados Unidos e da Europa, elas estão no braço de quase todos os meninos e meninas e escondem um jogo: quem romper a pulseira do colega passa a ter direito a um beijo, um abraço, uma carícia e a sexo. Tudo depende da cor.

Essa “brincadeira” está virando caso de polícia: primeiro foi a suspeita de que uma menor em Londrina tenha sido estuprada por causa disso, o que fez com que os vereadores da cidade elaborassem um projeto de lei que pode proibir a venda das pulseiras na cidade (fonte: Jornal Hoje – Rede Globo). E mais recentemente o Conselho Tutelar de Manaus começou uma campanha para recolher as pulseiras e proibir o uso do acessório após a morte de duas adolescentes. A polícia investiga se o assassinato das jovens, que foram violentadas, tem relação com o uso das pulseiras. Uma das adolescentes, de 14 anos, foi encontrada morta dentro de um motel com pancadas na cabeça. A outra foi esfaqueada e as pulseiras do sexo estavam ao lado do corpo. A reportagem completa está no link do Jornal da Band: http://www.band.com.br/jornaldaband/conteudo.asp?ID=285399

Se a desestruturação das famílias está virando uma bola de neve e criando jovens sem valores éticos e morais, sem capacidade de demonstrar amor e carinho (que muitos nunca experimentaram), nós, cristão, temos a grande responsabilidade de, enquanto Igreja, ajudar no processo de socialização sadia para esses jovens. Solicitando abertura nas escolas e universidades para debater temas relevantes para a adolescência e juventude, promovendo nas comunidades encontros sobre afetividade, sexualidade, santidade no namoro e descoberta vocacional estaremos fazendo algo para ajudar reverter essa situação. Não podemos simplesmente assistir a tudo isso e ficar de braços cruzados.

“Ensina à criança o caminho que deve seguir e, mesmo quando envelhecer,
dele não se afastará.” (Pr 6,22)

Um comentário:

  1. Excelente a idéia de manter as Pastorais atualizadas sobre assuntos da atualidade.
    Já repassei para a Equipe PF da PNSAparecida Ilha.

    Que Deus lhes encha de Bênçãos.

    PF PNSA Ilha
    Osnil e Ana Lúcia

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