segunda-feira, 26 de outubro de 2009

SEMANA DO PLANEJAMENTO FAMILIAR - FORMAÇÃO 6

“Sexualidade e Planejamento Natural da Família” (Ciro e Luciana Nakashima)
Nos tempos de hoje percebemos um fechamento à vida, com a ideia de “Família pequena, família feliz.”.Esquecemo-nos do que nos ensinam Jesus e a Sua Igreja e, ao primeiro sinal de dificuldades, corremos o risco de embarcar em qualquer doutrina. (cf Ef 4,14). É numa sociedade assim que criamos nossos filhos: entre “falsas verdades” que vão contra a Verdade.
A quem temos recorrido para tirar nossas dúvidas sobre a sexualidade? Com quem temos buscados conselhos? Os próprios fariseus hipócritas foram até Jesus (cf. MT 19,10). Claro que o fizeram para tentá-lo, mas... e nós? Temos buscado a Jesus sinceramente? Jesus responde a eles, voltando ao “princípio”, às origens. Sigamos esse mesmo caminho:
Gn 1,26 narra que a nossa matéria vê da íntima relação entre a Trindade: somos dela imagem e semelhança. Da Trindade recebemos a capacidade de amar, assim como o Pai, o Filho e o Espírito Santo a possuem de modo perfeito.
Gn 1,27 mostra que Deus formou o homem e a mulher. Viver esta complementaridade é um grande desafio. São corpos e psicologias diferentes, mas só na relação com o outro, o diferente é que encontramos verdadeiramente a integralidade da nossas natureza humana.
Gn 1,28 nos ensina a gerar a vida e a estarmos abertos à transmissão da vida. Primeiramente, o relato bíblico nos remete à afetividade. Só agora é que é mencionada a genitalidade. Isso nos serve como uma grande lição em nossas vidas para não invertermos a ordem das coisas. (cf. Catecismo 2363, Humanae Vitae 12 e Familiaris Consortio 28-35). A relação sexual verdadeiramente prazerosa é aquela quem vem precedida pelo amor. Esse é o caminho para um prazer existencial.
O ser humano em cada relação sexual é chamado não apenas a gerar filhos, mas também fazer o outro crescer enquanto pessoa, gerar a presença de Deus entre os dois. Já no que tange a transmissão da vida, os filhos têm o direito de serem fruto do amor conjugal dos seus pais e de serem respeitados e cuidados desde a concepção.
Comparemos as fisiologias masculina e feminina.
O homem tem os órgãos genitais para fora do corpo o que favorece seu reconhecimento e toque, e produz milhões de espermatozóides diariamente por toda a vida. O homem tem grande concentração de tecidos erógenos no pênis e produz grandes quantidades de testosterona que é o hormônio do impulso sexual. Vejam como é trabalhoso para um homem ser santo!
A mulher tem boa parte dos órgãos genitais para dentro, o que parece influenciar até mesmo no seu comportamento, que parece querer que o homem “adivinhe” o tempo todo côo se sente. Ovula apenas uma vez ao mês até começar a menopausa e tem tecidos erógenos espalhados pelo corpo em pequenas quantidades em 500 pontos diferentes. É capaz de produzir testosterona durante todo o ciclo menstrual o que faz com que ela também possa ter prazer não apenas quando está no período fértil.
Todas essas descobertas nos levam a ver como a ciência quando comprometida com a ética pode ser bastante libertadora. Afinal, mesmo com todas essas diferenças, assumir a missão do matrimônio passa por uma escolha consciente do casal, pois somos seres livres e racionais.
Gn 2,24 retoma o projeto de Deus para o casal: ser um em tudo, ou seja, a comunhão total.
Gn 2,25 nos leva a refletir se ainda temos alguma vergonha, algum segredo escondido do nosso cônjuge. Tenho me doado integralmente? Se temos algo que nos envergonhar em nossa vida matrimonial é porque perdemos a visão do plano original de Deus. Nossa meta deve ser sempre o modelo perfeito do amor trinitário.

“No casamento, a cisterna do amor se esconde em Deus.” (João Mohana)

(Notas dos assessores arquidiocesanos Ronaldo e Tatiana)

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