sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Orientações Práticas para a Escuta e o Acolhimento

A riqueza e a beleza do Espírito Santo são verdadeiramente sem igual. Nos dois cursos do Pré-Matrimonial, o tema do acolhimento foi desenvolvido de formas diferentes por Dom Antônio (cuja palestra está na postagem anterior) e pela csal Cacilda e Laércio, do Grupo "Mãos Dadas" da Paróquia São Francisco de Paula (Barra). Ainda dentro do tema do aconselhamento disponibilizamos as orientações práticas cedidas pelo casal, de forma adaptada a nossa realidade.
Fica, assim, esta proposta de trabalho para acolhermos e ouvirmos so jovens, que, muitas vezes, ficam perdidos como "ovelhas sem pastor."
  
As atitudes fraternas da escuta e do acolhimento, enquanto serviço religioso, precisam estar alicerçadas na Palavra de Deus e no cultivo da espiritualidade profunda, isto é, na intimidade com Deus, pois é o seu Espírito que nos inspira.
1. Nossa missão é ouvir com a disponibilidade de irmãos-amigos. Não somos terapeutas. Estes profissionais poderão ser acionados em tempo oportuno, se julgado necessário.
2. Antes de ouvir, faça uma oração inicial para que o Espírito Santo ilumine quem auxilia e infunda boas disposições no consulente.
3. Ouvir com atenção significa estar presente sem se dividir com o que se passa ao redor, com celular desligado e sem se distrair-se com outras preocupações.
4. É importante chamar a pessoa pelo nome, sem usar apelido. Isto o lembrará a ficar sempre atento à singularidade de cada sujeito e de cada caso.
5. Durante a conversa, não force interrupções que não sejam oportunas.
6. Evitem-se perguntas ditadas por mera curiosidade. Questione apenas sobre o que for relevante para a busca conjunta pela solução do problema.
7. Manifestar interesse e dar acolhimento não significa invadir e tentar convencer a pessoa de que já equacionou o problema e já sabe a solução. Esta deve ser descoberta pelo próprio consulente.
8. Procure identificar as questões principais junto com o irmão de modo que ele próprio encontre o melhor caminho. Em vez de diagnosticar, faça perguntas, cujas respostas possam abrir horizontes e possibilidades.
9. Nunca apele para a vontade de Deus, atribuindo a ELE o que não lhe é imputável.
10. Terminar o encontro com uma pequena oração, que pode incluir agradecimento, pedido de luz etc. Sem nenhuma obrigatoriedade, pode-se entregar uma pequena lembrança, que servirá de referência.

Agradecemos mais uma vez à gentileza e riqueza deste material que nos foi repassado por Cacilda e Laércio na Praça Seca, que complementa o que foi falado por Dom Antonio no curso de Copacabana. E nossa próxima postagem, atendendo a pedidos, será o texto da "Escutatória", de Rubem Braga, que fala sobre a arte de saber ouvir. Acompanhe-nos!

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